terça-feira, 25 de outubro de 2011

Poesia Rodrigo Hisano

Guerra
Mãos que um dia seguraram um brinquedo
Agora seguram uma arma
Quem antes sentia medo
Agora sente só raiva
Quem antes brincava, pulava e sorria
Agora tem uma face fria
Bate, explode e atira
Sem qualquer tipo de alegria.
O que antes era madeira
Agora virou metal
O que era brincadeira
Agora é letal.
Mãos que atiravam pedras
Agora atiram granadas
Mãos antes quase supérfluas
Agora ágeis e treinadas
Grito é o som da guerra
Os músicos são os guerreiros
Regente é quem lidera
A batuta é um morteiro.
Aquela criança virou homem
Esse homem quer ser criança
Felicidades somem
Não resta mais esperança.

Autor : Rodrigo Hisano 3º ano de Ensino Médio


Poesia Rodrigo Hisano

Julgamento
Andando com ela de mãos dadas
Sentindo seus dados gélidos
Escutando palavras amargas
De meu doloroso pretérito.
Colocando na balança
Todos meus crimes
Olhando-me com repugnância
E pensando em pouco punir-me
Olhos profundos como a noite
Coração já parado
Ela segurando sua foice
Tempo congelado.
De joelhos clamando para ser perdoado
Não havia mais jeito
Com sua lâmina em meu peito
Já estava crucificado.
Ampulheta começa a correr
Areia começa a cair
Mil anos sem morrer
Sofrendo pelo que cometi.
Criatura sem coração
Puniu-me pelos meus pecados
Seu nome era o condenado.
“Um homem digno de digno de perdão clama por ele ainda com o coração pulsando”

Autor : Rodrigo Hisano 3º ano Ensino Médio


Poesia Rodrigo Hisano


Sra. Morte
Não existia uma perda
E nem mesmo uma desgraça
Até mesmo entre lágrimas
A morte deve ser apreciada
Mesmo algo gélido
E com voracidade
Tem a capacidade
De ser médico
Não médico que dá a vida
Mas médico que dá a morte
E que talvez com sorte
Não seja sempre assassina
Às vezes vem com dor
Às vezes vem sem ela
Amargo é seu sabor
Para quem a espera
Neste mundo de sofrimento
Neste mundo de paz
Mesmo entre lamentos
É aqui que se jaz


“A morte só dá mais tempo àqueles que dizem não a ela”

Autor: Rodrigo Hisano 3º ano Ensino Médio

Poesia Rodrigo Hisano

POESIA

Sonhos perdidos

Olhar amargurado
Sorriso esvaecido
Lábios rosados
Toque sensível

Prazer em dor
Olhar estremecido
Sussurros de clamor
Desejo perdido

Lua em rubro
Vozes ao vento
Por ti procuro
Em meu tormento

Em seus braços
Súplicas de dor
Doce em amargo
Não há mais amor


“O amor só fere aqueles que assim escolhem”
                                     
                  Autor: Rodrigo Hisano 3º ano Ensino Médio
      POESIA      
    Desejo Melancólico

Ponteiro incerto
Relógio obsoleto
Parado... Perto
Por ti anseio

Amargo devaneio
Noite obscura
Reflexo no espelho
O que procura?

Mesmo perto
Longe estou
Futuro incerto
O que restou?

Um breve esboço
Não a vejo
Qual seu rosto?
Meu desejo
Minha fantasia
Meu amor
Contigo a felicidade existia
E não a dor

Autor: Rodrigo Hisano 3º ano do Ensino Médio

sábado, 15 de outubro de 2011

Teatro "Sitio do Pica-Pau Amarelo" Alunos 9 C


Emilia 

Apresentação na Escola Municipal João Sebastião Lisboa.

Teatro "Sítio do Pica-pau Amarelo".
alunos da Escola João S. Lisboa
Narizinho Ana Carolina
Dia 10 de outubro de 2011
Narizinho: Ana Caroline
Narradora: Bárbara
Som: Leonardo


Emília Carolina Perussi, Narizinho Ana Caroline, D.Benta Laís,Nastacia Bia



Anjo Renata, Diabinha Carolina, Rabicó






Path Pop e Emília
Jordana e Carolina Perussi




quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O olhar de uma criança

 Estava caminhando com minhas filhas em um bosque onde passei meus melhores momentos de infância, sentei em um balanço e comecei olhar a minha volta e lembrei que lá caí, chorei, brinquei, sorri e caminhei.
 De repente começa a ficar tudo meio que escuro, e começo a enxergar tudo como antigamente, vejo uma garotinha sentada em um banco sozinha com os braços sobre o joelho, e o resto das crianças todas brincando no parquinho, cheguei um pouco mais perto e logo me reconheci, na hora meus olhos se encheram de lágrimas, senti uma coisa no meu peito, profundo e penetrante, um olhar cristalino, cheio de inocência,um olhar que assim se expressa, expressa apenas toda serenidade de quem traz fascino puro, indescritível. Tendo dizer alguma coisa, mas não encontro o que dizer. Apenas abracei a mim mesmo profundamente. Depois sai caminhando , chorando, sem olhar pra traz. A garotinha continua olhando, ela também se reconheceu, apenas ficou pensando quando eu tiver quarenta, quarenta e poucos anos será que eu vou ser assim?